segunda-feira

[Crítica] Faking It – Segunda Temporada A


Dramédias sempre tendem a pender mais para o lado do humor, mas uma vez que começam a trilhar o caminho do drama, não há psicológico suficiente para o aguentar a enxurrada de sentimentos.

A segunda temporada de Faking It abriu-se para o mundo no melhor episódio da série inteira até aqui; com um ritmo completamente diferente da anterior, elevando ao máximo toda a capacidade dos roteiristas em construir diálogos inteligentes e engraçados explorando toda a química de seu elenco, que a essa altura, já estão mais a vontade com seus personagens tornando o tempo em tela dos mesmos, um prato cheio aos olhos.



Nessa temporada o maior trunfo de Faking It infelizmente acabou levando a série ao seu único defeito. Sua trama bem amarrada, não deixa pontas soltas em momentos algum, cada citação, por mais irrelevante que pareça, será fundamental em um determinado momento; mas para uma série tão rica em personagens e historias adjacentes, 20 minutos é muito pouco tempo, o que acaba sobrecarregando o telespectador de informações e fatos não ditos.

Apesar de diminuir o seu ritmo após o primeiro o episódio, o que também ocasionou em uma preocupante queda na audiência, sua trama se restabeleceu com a adição de novos personagens e com a presença de convidados mais do que especiais, como Laverne Cox (Orange is The New Black) e Fifth Harmony.

O tema “culpa” introduzido em The Morning Aftermath, felizmente não foi o único foco da temporada. Faking It, fazendo jus a sua menção em diversos órgãos da causa LGBT, continuou a explorar as diferentes sexualidades de seus personagens, instruindo o público a temas até então nunca abordados em uma série de TV; tudo com a leveza e o humor já característico da emissora.

O relacionamento de Amy e Karma obviamente continuou a ser a base dessa historia, mesmo não sendo na forma em que o fãs esperavam. A tortura do triângulo Amy – Karma – Liam foi um dos agravantes da baixa audiência, mas a paciência dos fãs que se mantiveram fieis, foi presenteada na forma de um novo ship – Regan, interpretada pela marcante Yvette Monrel, chegou para relembrar os bons momentos da primeira temporada e para tirar as atenções do casal Kiam, a qual nos foi enfiando goela abaixo durante boa parte dessa temporada.


A Segunda Temporada A de Faking It, não conseguiu manter toda a consistência criada na temporada passada, mas aqui tivemos uma expansão de sua trama, tirando um pouco o foco Karmy e espalhando em outros personagens tão bens construídos, os quais ansiávamos por mais profundidade. O que no quesito conteúdo, já superou e muito os oito episódios da temporada anterior, e no quesito drama também.

Nessa primeira metade estudamos a evolução de seus personagens através de seus segredos, ambições e medos, com uma trama construída em cima de um humor ácido e perspicaz. Sua segunda metade promete trazer o que houve de melhor nas duas passadas, aprofundando-se ainda mais no passado não contado – a família de Shane? O pai de Amy, a mãe de Lauren? – além de finalmente explorar a confusa sexualidade de Karma.


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