segunda-feira

[Crítica] The Fosters – Segunda Temporada




Se você é um fanático por séries e ainda não conhece The Fosters, há algo de muito errado em suas escolhas de entretenimento.

A polêmica série da ABC Family possui aquele tom novelesco já conhecido do canal, mas nada que interfira na qualidade do show produzido e dirigido por Jennifer Lopez. A faixa etária dos telespectadores de The Fosters é tão extensa que é fácil entender como a série se tornou um xodó em tão pouco tempo de exibição.

The Fosters narra os casos e acasos dos Fosters, uma família homoafetiva, formada por duas mães, Stef (Teri Polo) e Lena (Sherri Saum), e seus filhos (os biológicos e os adotados de diferente etnias). As mães não só  precisam lidar com as represálias da sociedade (que insiste em temer aquilo que julga ser diferente), como com os dilemas comuns vividos por seus filhos adolescentes.


Por mais que grande parte do seu conteúdo seja voltado para o público pré-adolescente, a segunda temporada de The Fosters amadureceu e muito em sua trama, abandonando toda a simplicidade da primeira temporada.

Na primeira temporada, somos rodeados por uma trama jovem, cheia de romances, impasses escolares, rebeldia, mas com esporádicos momentos de sobriedade, sempre liderados pelo casal Stef e Lena. Mas em sua segunda temporada, com uma maior profundidade de seus personagens, The Fosters embarca de vez no gênero drama.

A união da família Foster continua sendo o tema da série, só que agora tirando um pouco o foco de sua personagem principal, a apática Callie (Maia Mitchell), e distribuindo em outros personagens com maior profundidade.


Callie é o ponto de referência da série, toda a trama é desenvolvida a partir do seu ponto de vista. Mas para uma personagem principal, a falta de carisma da quase filha de Stef e Lena é inaceitável. No início da primeira temporada, Callie é descrita como uma garota forte, independente e rebelde, mas no decorrer da trama ela não demonstra nada além de apatia.

O drama criado pela adoção (ou quase) de Callie, é um assunto que começou a ficar batido logo na primeira metade da temporada passada, e quando os roteiristas decidiram por retirar alguns dos holofotes sob a jovem, não poderiam ter feito escolha melhor.

Em apenas duas temporadas, The Fosters atirou diversas “polêmicas” em cima do público norte-americano ao abordarem as falhas do sistema judicial, preconceito racial, dependência química, alcoolismo, desigualdade de gênero. Mas a que mais causou murmúrios foram os relacionamentos homoafetivos.


Jude (irmão mais novo de Callie) e seu melhor amigo Connor foram os responsáveis por promover o beijo homossexual mais jovem da televisão (ambos com apenas 13 anos). A polêmica gerada pelo beijo também foi retratada dentro da série, o que torna a ousadia de The Fosters um aprendizado para os mais antiquados.

A segunda temporada continuou recheada com os todos os clichês levantados na primeira, mas a sutileza com que suas adversidades foram tratadas, e a pureza de seus personagens tornaram a season 2 de The Fosters tão apaixonante quanto a primeira.


Esse e outros textos meus sobre séries, você encontra em: portalcaneca.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário