quinta-feira

[Crítica] Bloomington

O longa que narra o amor proibido entre uma ex-atriz e sua professora, marca a estréia da brasileira Fernanda Cardoso na direção. Errando mais do que acertando, Fernanda apresenta um filme simples e sincero.

Logo de início Bloomington e Fernanda Cardoso demonstram um tremendo potencial para contar uma historia tecnicamente banal (cinematograficamente falando), mas ao longo em que a trama vai se desenvolvendo, a narrativa começa a sofrer por conta da sua falta de experiência.

O relacionamento de Catherine e Jackie é contado às pressas, tornando os personagens superficiais, uma vez que ficamos sabendo de nada além daquilo apresentado na sinopse, não dando espaço para “se apegar” aos personagens.

Catherine (Allison McAtee) e Jackie (Sarah Stouffer) não possuem tanta química como o esperado, mas o carinho expressado pelas atrizes, faz com que você acredite na relação imposta as duas protagonistas, fazendo com que sutileza em que o filme é narrado supere seus diversos furos de roteiro ou a falta de profundidade dos personagens.

Jackie após passar toda a sua infância e adolescência no comando uma série de sucesso na TV, resolve seguir novos rumos ao entrar na faculdade. Ela só não esperava acabar nos braços da professora mais intimidadora da universidade. O complexo de Miley Cyrus pós Disney é pouco explorado, assim como o histórico de “pegadora” de Catherine. Ficamos presos a um relacionamento que vai de oito à oitenta em segundos, e que é interrompido de maneira abrupta, em um final que te faz pensar se na verdade não estamos no meio do filme, e que logo virá o final verdadeiro.

Apesar de todos os pontos negativos citados, Bloomington cumpre a sua proposta de maneira simples e eficaz, porém insuficiente para um filme. Já se passaram 5 anos desde o seu lançamento, e agora resta esperar um continuação – que obviamente não virá – para saber que fim levou esse romance.


Um comentário:

  1. Aline tive a mesma sensação que você! Tinha tudo para ser mais interessante mas do mesmo jeito que começou terminou me deixando órfã de um final digno para os personagens.

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